Verbete: Agosto / 2008.

Expectativas Racionais

Dicionário de Economia do Século XXI.

Conceito da corrente monetarista que interpreta a ação dos agentes
econômicos como racional, no sentido de que tais agentes formam suas expectativas (e agem de acordo com elas) sobre o desenvolvimento futuro da economia não apenas examinando o passado, mas também o presente, ao
levar em consideração todas as ações governamentais e do mundo dos negócios (nacionais e internacionais) que possam influir, por exemplo, sobre
a taxa de inflação.

No início dos anos 60, o economista John Muth afirmou que as expectativas
dos indivíduos (no contexto de um modelo) são racionais quando são idênticas às predições desse modelo. No final da mesma década, as idéias de Muth apareceram num artigo de Robert Lucas e Leonard Rapping. As conclusões apoiavam a idéia monetarista da existência de uma taxa natural de desemprego. Leonard Rapping abandonou esta linha de pesquisa rejeitando este enfoque da economia neoclássica em favor de um enfoque neo-keynesiano. Lucas, no entanto, prosseguiu e, em conjunto com Edward Prescott, escreveu, em 1971, um artigo utilizando o conceito explorando as conseqüências das expectativas racionais sobre o comportamento dos investimentos.

As conclusões coincidiram com as da economia clássica: a moeda é neutra e a política governamental intervencionista é ineficaz. Por esta razão, esta corrente também é denominada nova economia clássica. Esta corrente de pensamento econômico colidiu frontalmente com as concepções dos neokeynesianos, e os principais representantes nesse debate, do lado da nova economia clássica, são: Thomas Sargent, Neil Wallace, Bennett McCallum, Robert Barro e Robert Towsend.

Veja também Economia Clássica; Expectativas Adaptativas; Neokeynesiano