TAYLOR, Frederick Winslow (1856-1915).
Engenheiro norte-americano, Taylor é considerado o pai da Administração Científica. Em seu túmulo em Germantown, nas cercanias de Filadélfia, há o seguinte epitáfio: “O Pai da Administração Científica”. Este título tem sido aceito não apenas por seus compatriotas, mas em todo o mundo, tanto por simpatizantes como por críticos. Seus livros e artigos foram traduzidos para um grande número de línguas e, desde 1938, a medalha de ouro da Comissão Internacional para a Administração Científica traz sua efígie. Não resta dúvida, no entanto, de que Taylor beneficiou-se dos trabalhos de alguns pioneiros, tanto nos Estados Unidos como na Europa, no campo da engenharia, da contabilidade, da técnica de organização de escritórios, da medicina (por exemplo, a descoberta do processo fisiológico que provoca o cansaço). Até mesmo vários mecanismos já haviam sido — ou estavam sendo — desenvolvidos para incentivar o trabalho e melhor controlar os processos de produção: veja-se, por exemplo, as contribuições de Towne e de Gantt. Apoiado nessas conquistas iniciais, Taylor desenvolveu seu método, que ele próprio descreveu como uma “revolução mental”. Na época em que Taylor começou a desenvolver suas idéias, a administração de empresas como uma atividade autônoma tinha chamado muito pouca atenção. Ela era considerada um desdobramento de algum ramo especial da manufatura. Ou melhor, estava relacionada com os conhecimentos técnicos necessários para produzir determinados produtos na indústria. A idéia de que uma pessoa deveria ser treinada e receber instrução formal para tornar-se um administrador competente não ganhara ainda sua legitimidade. Foi, no entanto, mediante uma elaboração gradual de técnicas (que permitiram a análise e a mensuração de processos elementares) que Taylor evoluiu para uma nova concepção de administração. Suas primeiras ações, ainda como capataz na Midvale Steel Works, em Filadélfia, visavam eliminar a prática de “restrição da produção” adotada defensivamente pelos trabalhadores. Devido a sua própria experiência como torneiro, ele sabia que um nível de produção muito maior poderia ser alcançado sem grandes esforços adicionais. Ele acreditava que o não aproveitamento dessa potencialidade se devia à ignorância de ambas as partes. A administração pedia e os trabalhadores estavam dispostos a dar “um dia honesto de trabalho” em troca de “um pagamento honesto por dia”. Mas ninguém tinha uma idéia clara do que seria “um dia honesto de trabalho”. Ambas as concepções eram muito vagas, o que dava lugar a constantes desentendimentos e disputas. A solução proposta por Taylor foi medir com a máxima precisão possível (cientificamente) os tempos necessários para a realização dos movimentos utilizados pelos trabalhadores em cada processo produtivo. O estabelecimento desses padrões determinou alterações numa série de outras esferas. Não apenas o planejamento das tarefas sofreu mudanças, como o fluxo de materiais, e mesmo as ferramentas utilizadas, de forma a permitir que cada trabalhador alcançasse o padrão e fosse inclusive além. Por meio dessas práticas, Taylor estabeleceu dois princípios que constituiriam a essência da administração - ou da administração científica -, como essa atividade veio a ser chamada em seguida:
Em síntese, para Taylor, se os homens deviam cooperar efetivamente, todas as organizações deveriam ter:
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