Dicionário de Economia do Século XXI.
A aparente contradição existente entre poupanças excessivas que -resultam em poupanças reais mais baixas, quando a economia está operando num ponto inferior ao do pleno emprego. Nessa circunstância, o excesso de poupança permanece fora da economia, causando uma queda na renda e na produção.
Ao contrário, se as poupanças forem gastas e canalizadas para a economia, o investimento e a riqueza real aumentarão. Este princípio, desenvolvido por J.M. Keynes, foi aplicado em primeiro lugar à economia norte-americana, deprimida durante os anos 30, com seu elevado grau de desemprego.
Se, no entanto, a economia se encontrasse em pleno emprego, o excesso de poupança poderia ser benéfico: a utilização dessa poupança geraria uma demanda extra que não encontraria resposta na produção, uma vez que a economia se encontraria em pleno emprego, provocando inflação. A renda nominal aumentaria, mas o mesmo não aconteceria com a renda real.